quinta-feira, 24 de janeiro de 2013

Pentágono autoriza mulheres na frente de combate nos EUA

Presença feminina na linha de frente estava proibida desde 1994

O secretário de Defesa dos EUA, Leon Panetta, anunciou oficialmente nesta quinta-feira (24) o fim da proibição para que mulheres sirvam em combate nas Forças Armadas dos EUA, iniciativa que pode abrir milhares de postos de trabalho na linha de frente de combate para elas.

"As mulheres mostraram grande coragem e sacrifício dentro e fora do campo de batalha. Contribuíram de maneira sem precedentes no âmbito militar e demonstraram capacidade para servir em um número crescente de missões", afirmou o secretário em um comunicado, após reunião com comandantes.

"Não coloquem mulheres em combate", pede a capitã dos fuzileiros navais dos Estados Unidos Katie Petronio, que lutou no Iraque e no Afeganistão

“Chega disso! Nós não fomos criados todos iguais”

“Mulher nunca deveria ser soldado de infantaria”, escreveu a capitã dos Marines Katie Petrônio na revista Marine Corps Gazette, segundo informou a agência LifeSiteNews..
No artigo intitulado “Chega disso! Nós não fomos criados todos iguais”, a capitã defende que a anatomia feminina não é capaz de resistir às asperezas de uma longa carreira militar que envolve operações de infantaria.

Ela adverte que os fuzileiros navais (marines) vão sofrer “um aumento colossal no número de mulheres incapacitadas e obrigadas a concluir sua carreira por causas médicas”.
Katie Petronio se baseia na experiência pessoal, adquirida em situações de combate no Iraque e no Afeganistão. Isso acabou lhe causando sérios danos físicos, malgrado um promissor começo na elite da oficialidade da arma.

A capitã escreveu que “preenchia todas as condições” para ser uma mulher-soldado ideal quando começou a carreira. “Eu era uma estrela no hóquei sobre gelo no Bowdoin College, pequena escola de elite no Estado do Maine, com um título em Direito e Administração”, diz Katie.
Ela também alcançou resultados “de longe acima da média em todos os testes físicos de capacidade para mulheres”, embora não completasse todo o treino prévio.

“Cinco anos depois, eu não sou a mulher que já fui”

“Cinco anos depois, eu não sou fisicamente a mulher que já fui, e meus pontos de vista a respeito de a mulher ser bem sucedida numa carreira duradoura na infantaria mudaram muito”, escreveu Petronio.
“Cinco anos depois, eu não sou a mulher que já fui”
“Eu posso dizer, com base na minha experiência pessoal direta no Iraque e no Afeganistão, e não é apenas uma impressão, que nós ainda não começamos a analisar e a compreender as questões específicas de saúde do gênero e os danos físicos nas mulheres por causa de contínuas operações de combate”.

Katie participou de numerosas operações de combate que por vezes duravam semanas, sofrendo stress e falta de sono.
Suas pernas começaram a se atrofiar, perdeu a mobilidade, perdeu peso, parou de produzir estrógeno e desenvolveu uma síndrome no ovário que a deixou estéril.
Ela completou seu período com bons resultados, mas percebeu que lhe seria impossível aguentar o esforço que um homem é capaz de fazer e pediu para se aposentar por motivos de saúde.

“O corpo da mulher não aguenta o esforço que um homem é capaz de fazer"

Petronio manifestou sua preocupação diante da pressão dos grupos que impulsionam a integração de mulheres no corpo de Infantaria (combate no solo).
“Quem está promovendo essa agenda? Eu pessoalmente não vejo marines femininas, recrutas ou oficiais, batendo às portas do Congresso, queixando-se de que sua impotência para servir na Infantaria viola o direito à igualdade” escreve ela.
Kate diz que essa pressão está sendo aplicada pelo “pequeno comitê de civis nomeado pelo Secretário de Defesa” denominado Comitê Consultivo em Defesa para as Mulheres em Serviço (Defense Advisory Committee on Women in the Service – DACOWITS).

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