terça-feira, 29 de janeiro de 2013

Prefeitura vai construir memorial em prédio da boate Kiss

Prefeitura de Santa Maria irá desapropriar o prédio da casa noturna que incendiou no último domingo (27) e matou 235 pessoas

Fachada da boate Kiss na tarde de segunda-feira (28) 



A Prefeitura de Santa Maria pretende desapropriar o prédio onde funcionava a boate Kiss para construir um memorial em homenagem às vítimas do incêndio. No último domingo, 231 pessoas morreram durante uma festa universitária na casa noturna. O prédio está interditado para a perícia desde domingo.

"Queremos fazer com que Santa Maria se lembre que aquele era um lugar de alegria", confirmou o secretário de Relações de Governo e Comunicação, Giovani Mânica. A boate funcionava no local há cerca de três anos.


Outras 118 vítimas estão internadas em hospitais de Santa Maria e de Porto Alegre. De acordo com o Ministério da Saúde, 75 jovens ainda estão em situação grave, com risco iminente de morte. Nesta terça-feira (29), a prefeitura informou também que vai encaminhar à Polícia Civil os documentos referentes à fiscalização da boate. A lista dos documentos que serão fornecidos ainda não foi divulgada.

Incêndio e prisões

O incêndio começou por volta das 2h30min de domingo (27), durante a apresentação da banda Gurizada Fandangueira, que utilizou sinalizadores para uma espécie de show pirotécnico.

Segundo relatos de testemunhas, faíscas de um equipamento conhecido como "sputnik" atingiram a espuma do isolamento acústico, no teto da boate, dando início ao fogo, que se espalhou pelo estabelecimento em poucos minutos.

Quatro pessoas foram presas nesta segunda-feira após a tragédia: o dono da boate, Elissandro Calegaro Spohr, o sócio, Mauro Hofffmann, e dois integrantes da banda Gurizada Fandangueira, que fazia um show pirotécnico que teria dado início ao incêndio, segundo informações do delegado Sandro Meinerz, responsável pelo caso.

Os bens dos donos da boate Kiss também foram bloqueados, a partir da autorização do juiz plantonista do Fórum de Santa Maria (RS), Afif Simões Neto. Ele deferiu o pedido da Defensoria Pública do Rio Grande do Sul, que também abrange eventuais bens registrados em nome da boate como pessoa jurídica.

Em depoimento, Spohr afirmou à Polícia Civil que sabia que o alvará de funcionamento estava vencido desde agosto do ano passado, mas que já havia pedido a renovação.

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