sexta-feira, 23 de novembro de 2012

Mulheres são monitoradas eletronicamente na Arábia Saudita

Arábia Saudita implementa sistema de rastreamento nas mulheres



Após perderem o direito de viajar sem o consentimento de seus homens responsáveis e serem proibidas de dirigir, as mulheres na Arábia Saudita agora estão sendo monitoradas por um sistema eletrônico que controla qualquer movimento transfronteiriço.

A partir da semana passada, os responsáveis pelas mulheres começaram a receber mensagens de textos informando quando as mulheres sob sua custódia deixam o país, independentemente se estejam ou não viajando juntos.

“As autoridades estão usando a tecnologia para monitorar as mulheres”, disse o colunista Badriya al-Bishr, que criticou o “estado de escravidão em que mulheres são mantidas” na monarquia ultraconservadora.

As mulheres não estão autorizadas a deixar o país sem autorização dos homens responsáveis, os quais devem dar seu consentimento ao assinar o que é conhecido como a “folha amarela”, no aeroporto ou na fronteira.

O movimento das autoridades sauditas foi rapidamente condenado por meio do serviço social Twitter, com os críticos zombando da decisão polêmica.

A Arábia Saudita aplica uma estrita interpretação da sharia, ou lei islâmica, e é o único país do mundo onde as mulheres não podem dirigir.

O país impõe regras rígidas que regem a mistura entre os sexos, enquanto as mulheres são obrigadas a usar um véu e um manto preto, ou abaya, que as cobre da cabeça aos pés, exceto as mãos e rostos.

Saudita é condenada a dez chibatadas por dirigir

Um tribunal da Arábia Saudita condenou uma mulher a receber dez chibatadas por desrespeitar a lei interna que proíbe mulheres de dirigirem, segundo relatou a rede britânica BBC nesta terça-feira. A condenada, identificada apenas por Shema, foi considerada culpada por dirigir na cidade de Jeddah em julho deste ano. [Limbotech]

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