terça-feira, 15 de janeiro de 2013

Revolução na saúde: cães farejadores de câncer e diabetes

Conheça o potencial de Daisy, a cadela que consegue farejar se você tem câncer



Daisy (foto acima) é uma labradora dócil e amiga. Anda pelo centro de treinamento com sua jaqueta vermelha com o título “cachorro detector de câncer”. O treinamento da doce cadela de 7 anos é como qualquer outro: avança farejando cheiros e aromas e quando sente algo que deve sinalizar, pára e “informa”, recebendo um biscoitinho em troca.

Tudo estaria na normalidade se não estivéssemos falando de um tumor e não de coisas comuns que cachorros em todo o mundo procuram, como entorpecentes. O olfato dos cachorros pode ser até 100 mil vezes mais aguçado que o dos humanos, e é baseado nesta fantástica habilidade que pesquisadores estão treinando cães que irão revolucionar o modo como diagnosticamos doenças.

Cão farejador de câncer
Certamente você já viu um cão farejando malas e bagagens no aeroporto, mas o que você pensaria de um cão cheirando seu corpo a procura de uma doença que pode ser fatal? Em janeiro de 2011, uma equipe de pesquisadores alemães descobriu que, os cães conseguem detectar câncer de pulmão, apenas treinados com o ar de dentro das salas de pacientes com esta doença. Os cães na pesquisa conseguiram acertar 71% das vezes.

Jornais da Inglaterra noticiaram recentemente um caso bastante curioso. A aposentada Maureen Burns viu sua cachorra repentinamente cheirar sua respiração enquanto estava deitada, cutucando insistentemente seu seio direito, como se quisesse arranhar. Intrigada com o fato nunca antes visto, procurou a equipe médica que havia feito exames um mês antes, sendo diagnosticada com um pequeno câncer de mama em estágio inicial.

Uma pergunta inconveniente fica no ar: não seria muito “maluco” achar que os cães poderiam cheirar você e encontrar um câncer? Talvez soe um pouco estranho, mas existe base científica. Pesquisadores belgas descobriram que algumas doenças, o câncer por exemplo, produz substâncias bastante voláteis (que tem capacidade de evaporar) sendo possível treinar os cães com estas substâncias.

Não se assuste se um dia você chegar a um hospital e encontrar um cão com nariz gelado cheirando você. Cientistas precisam de mais provas se realmente todo tipo de câncer libera substâncias voláteis, identificar que substâncias são essas, se essas substâncias variam dependendo dos estágios encontrados e se fatores externos provocam mudanças no “odor”. Quando isso acontecer, o plano primordial seria o desenvolvimento de uma máquina com nariz eletrônico, mais potente que o olfato dos cães e com chance de erro praticamente nulo.

A responsável pelo treinamento da labradora Daisy, afirma que as pessoas se enganam achando que os cientistas pesquisam com cães julgando que eles são melhores que as máquinas. Já existem máquinas no mercado que conseguem “cheirar” objetos e identificar se existe ou não cocaína nas amostras coletadas. O que os pesquisadores querem de fato é testar esse experimento em situações médicas, como a detecção de câncer, evitando métodos tão invasivos e dolorosos como ocorre em algumas biópsias.

Os métodos usados, geralmente são bastante invasivos, e enquanto não surge a tão sonhada “máquina de cheirar câncer”, os pesquisadores utilizam os cães como uma base de sustentação de pesquisa, pois é mais agradável você assoprar no nariz de um cachorro ou doar sangue e/ou urina para que ele cheire do que você passar por um método em que terá de ser pinçada uma pequena parte de algum órgão. DailyMail

Câncer de Próstata 

Cão Pastor Belga
Um outro estudo, agora na França, mostrou que cães pastores belgas, se treinados, podem identificar homens que sofrem com câncer de próstata. Médicos do Hospital Tenon, de Paris, treinaram cachorros para distinguir o cheiro da urina de homens que têm câncer de próstata e aqueles que não têm a doença. No fim do treinamento, os cães puderam identificar corretamente 63 de 66 “amostras”.

Os pesquisadores acham que os cães reconhecem o cheiro de alguma molécula específica que aparece no organismo dos homens que sofrem com o câncer de próstata e, por conseqüência, na urina deles. Uma nova parte da pesquisa quer descobrir que molécula é essa.

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