segunda-feira, 15 de abril de 2013

Descoberto anticorpo que sufoca o vírus da dengue

A dengue é uma doença que não tem cura, os médicos só podem tratar os sintomas (tentar baixar a febre e diminuir a dor) e aguardar que a doença siga seu curso


O vírus da dengue, que se apresenta em quatro subtipos diferentes, mata pelo menos 20.000 pessoas por ano, a maioria crianças. 

Mas esta história está para mudar. Coletando amostras de sangue de 100 pessoas que se recuperaram da dengue, pesquisadores encontraram, no meio de 200.000 anticorpos, um que ataca o vírus e o sufoca, matando-o antes mesmo que ele tenha a chance de infectar uma única célula. 

O anticorpo foi capaz de eliminar todas as cepas do vírus da dengue do subtipo 1 em testes com cobaias. Os testes clínicos devem começar em breve em pacientes de Singapura, onde 90% dos pacientes de dengue estão infectados com vírus do subtipo 1 e 2. 

Os especialistas também vão revirar suas bibliotecas em busca de anticorpos eficazes também para os subtipos 2, 3 e 4. O professor Paul MacAry, professor assistente de microbiologia da faculdade de medicina da Universidade de Singapura revelou que já encontraram um anticorpo contra o subtipo 2, mas que ainda está nos testes preliminares. 

No Brasil, a dengue está sendo combatida principalmente por medidas profiláticas de combate aos focos de mosquito. Segundo o último boletim do Ministério da Saúde, de janeiro a 16 de fevereiro deste ano, foram confirmados 324 casos graves de dengue e 33 mortes.

Cientistas usam radiação para combater mosquito 

Uma pesquisa inédita esta sendo realizada na USP de Piracicaba. Cientistas estão usando radiação para combater o Aedes Aegypt. A ideia é alterar o DNA do mosquito transmissor da dengue para impedir que ele se reproduza. Bastam 15 minutos dentro de uma máquina para que eles recebam uma dose de radiação e se tornem estéreis.

Quando os mosquitos se tornam adultos, os machos são soltos. Apesar de estéreis, eles procuram as fêmeas para acasalar. “Ele vai competir com os nativos para fecundar as fêmeas. Após a fecundação, elas vão colocar os ovos, mas eles não vão nascer. Consequentemente, vai diminuir o número de mosquitos”, explica o pesquisador Valter Arthur, biólogo da Esalq-USP Piracicaba.

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