quarta-feira, 15 de maio de 2013

Mastectomia preventiva é cada vez mais comum

Atriz Angelina Jolie removeu as duas mamas, para reduzir risco de vir a ter câncer

Especialistas dizem que esta opção radical está, de fato, indicada em casos particulares, notadamente por razões genéticas

Angelina Jolie com a mãe, Marcheline Bertrand, que morreu com câncer (REUTERS)


O relato feito na primeira pessoa pela atriz norte-americana Angelina Jolie sobre a remoção das suas duas mamas para reduzir a probabilidade de vir a ter um câncer (um procedimento conhecido como mamoplastia redutora de risco ou mastectomia bilateral profilática) está gerando reações bastante diversas e muita surpresa. Contudo, especialistas dizem que o procedimento é cada vez mais comum, mas apenas para casos com critérios clínicos muito bem definidos.

Aos 37 anos, Angelina Jolie, num artigo que publicou nesta terça-feira no New York Times, explica que optou pela mastectomia pensando nos seus seis filhos, justificando que a sua mãe morreu depois de “lutar contra o câncer durante quase uma década”. A atriz adianta que fez testes genéticos que demonstraram que era portadora de uma alteração no gene o BRCA1, que aumenta exponencialmente a probabilidade de desenvolver um tumor maligno na mama.

O oncologista Jorge Espírito Santo confirma que a mastectomia profilática é um procedimento preventivo, mas sublinha que, “como em qualquer intervenção cirúrgica, tem critérios clínicos muito bem definidos”. O antigo presidente do colégio da especialidade de Oncologia da Ordem do Médicos de Portugal refere-se sobretudo aos casos em que as mulheres têm precisamente alterações nos genes BRCA1 e BRCA2, precursores da doença e “histórias familiares muito pesadas”. Estima-se que a transmissão hereditária de tumores da mama possa representar cerca de 10% dos casos totais. [público]

No Brasil a técnica mais utilizada pelos mastologistas preserva a aréola e o mamilo, (como que se esvaziando o tecido abaixo da pele) o que facilita a realização da cirurgia plástica. O teste genético no Brasil custa aproximadamente R$ 7.000

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