segunda-feira, 4 de março de 2013

O fascinante mundo de madeira de Livio De Marchi

As obras de arte de Livio são tão realistas, que às vezes é difícil dizer que são feitas de madeira

O artista veneziano Livio de Marchi é uma espécie de Geppetto da vida real. Exceto, que ele não precisa lidar com um garoto mentiroso e nem com uma fada madrinha para tornar suas obras vivas.

As ferramentas que Livio trabalha são bastante simples: uma centena de variedades de cinzéis datados de 1964, um martelo velho e uma mão firme, mas as coisas que ele produz são nada menos do que espetacular. Uma réplica de madeira de uma jaqueta de couro que ele fez parece tão real, que a gente ficaria tentado a experimentá-la se não soubesse. O único fator de distinção entre o real e a madeira é que ele não pinta nenhuma de suas criações, porque acredita que os grãos e nós da madeira clara são muito intrigante. Ele passa horas na sua bancada a cada dia, produzindo obra após obra-prima.

Livio descobriu sua paixão pela escultura muito cedo na vida. Já muito criança se interessou em talha ornamental e praticava na oficina de um artesão. Ele estudou arte e desenho na "Accademia di Belle Arti", e tão logo se formou, começou a trabalhar com mármore. Logo migrou para o bronze, antes de finalmente se decidir pela madeira como seu meio preferido, por sua versatilidade.

Uma das obras mais notáveis de Livio é a Casa de Livros, que ele construiu em 1990, em Tambre D'Alpago, Itália. Seu objetivo final é a criação de 10 dessas estruturas em todo o mundo, dos quais esta foi a primeira e a que lhe rendeu fama e popularidade. Literalmente tudo dentro e fora da casa é feito de madeira, desde as estantes com os livros nas prateleiras. As mesas, pratos, talheres, toalhas de mesa, sofás e almofadas do sofá, as roupas no guarda-roupa e lingerie feminina penduradas no varal são todos de madeira. Mesmo os abajures e lustres. A casa se destina a descrever o sonho de um amante dos livros.

As obras deste artista foram exibidas em mostras de arte em várias grandes cidades pelo mundo, incluindo Londres, Paris, Nova Iorque, Tóquio, Zurique, Milão e Florença. Várias revistas de arte, como a Vogue, Interior Design, Decoration e Madame Figaro já caracterizaram a sua história também.


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