A cafeína é a droga psicoativa mais comumente consumida no mundo e um ingrediente ativo em vários tipos de alimentos
Exames revelaram pela primeira vez os efeitos da cafeína no cérebro humano dando pistas sobre o fato de o café diminuir o risco de desenvolver demência.
Nos EUA, 80% dos adultos tomam café todos os dias – cada um consumindo o equivalente de cafeína a duas xícaras de café ou quatro latas de Coca-Cola. Seus efeitos neurobiológicos incluem ações estimulantes no estado de alerta, atenção, desempenho cognitivo e fluxo sanguíneo no cérebro. Sabe-se que ela reduz o sono, prolonga a latência do sono e aumenta os períodos em que se fica acordado após o início da sonolência.
“Há evidências substanciais de que a cafeína protege contra doenças neurodegenerativas como o mal de Parkinson ou de Alzheimer”, disse o Dr. David Elmenhorst em entrevista ao DailyMail.
“Várias investigações mostraram que o consumo moderado de café de 3 a 5 xícaras ao dia na meia-idade está ligado a uma redução do risco de demência na terceira idade”, salienta o pesquisador.
Para investigar o porquê, o Dr. Elmenhorst e sua equipe usaram imagens moleculares com tomografia por emissão de pósitron (PET) para investigar os efeitos da cafeína nos cérebros de 15 voluntários masculinos com idades entre 24 e 66 anos.
Os voluntários tiveram que evitar o consumo de cafeína por 36 horas, antes de um exame PET para determinar o estado cerebral inicial. Os pesquisadores então injetaram cafeína diretamente nos voluntários em doses crescentes, examinando seus cérebros simultaneamente.
A equipe descobriu que o consumo repetitivo de cafeína pode ocupar até 50% dos receptores de adenosina A1 do cérebro, evitando que eles recebam neurotransmissores promotores do sono que eles queriam absorver.
É provável que esse bloqueio de uma quantidade substancial de receptores cerebrais de adenosina A1 resultará em mudanças adaptativas, o que pode levar a alterações crônicas na disponibilidade do receptor.
Eles determinaram que essa estrutura pode oferecer alguma compreensão sobre como os consumidores de café possuem menos risco de desenvolverem demência.
“O estudo atual fornece evidência de que doses típicas de cafeína resultam em uma alta ocupação de receptores de adenosina A1 e endossa a visão de que o receptor merece mais atenção no contexto das anomalias neurodegenerativas”, diz o Dor Elmenhorst, autor principal do estudo publicado no The Journal of Nuclear Medicine. JornalCiencia/saúde
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